O novo presidente croata, Zoran Milanovic, prometeu tolerância e “virar a página” das guerras passadas durante sua cerimônia de posse nesta terça-feira.

O ex-primeiro-ministro social-democrata de 53 anos inicia um mandato de cinco anos, essencialmente protocolar, após sua vitória no segundo turno das eleições presidenciais de janeiro.

Ao longo de sua campanha, ele defendeu uma “Croácia normal” que garanta a igualdade entre os cidadãos.

Ele sucede à presidente conservadora Kolinida Grabar Kitarovic, a primeira mulher presidente deste Estado da ex-Iugoslávia.

“As guerras terminaram”, disse Milanovic durante uma cerimônia de posse modesta na sede da presidência em Zagreb.

Ele referiu-se aos conflitos dos anos 1990 que acompanharam o desmantelamento da antiga federação iugoslava e, em particular, à guerra de independência da Croácia (1991-1995).

“Hoje (…) nenhum cidadão croata deve ter medo, se sentir discriminado ou excluído por ser diferente”, acrescentou o novo presidente.

“E quando digo diferente, quero dizer menor, mais fraco de acordo com vários critérios – gênero, etnia, classe social, religião, sexo, trabalho ou idade”, acrescentou.

Na Croácia, o presidente é o supremo comandante das forças armadas e tem voz na política externa.

A esse respeito, declarou-se disposto a promover “cooperação e prosperidade”, inclusive em relação aos países vizinhos com os quais a Croácia tem disputas, como a Sérvia e a Eslovênia.

Milanovic toma posse no momento em que a Croácia, que detém a presidência semestral da União Europeia, luta contra a emigração em massa de sua população, corrupção e crise econômica.

Quando ele liderou o governo entre 2011 e 2016, seu gabinete não atendeu às expectativas, falhando em implementar as reformas necessárias.