Em discurso por videoconferência nesta terça-feira (1) ao Parlamento Europeu, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu que a União Europeia prove que está ao lado dos ucranianos na guerra com a Rússia. Nesta segunda (28), ele pediu oficialmente o ingresso no bloco.

“A União Europeia será muito mais forte conosco, isso é certo. Sem vocês, a Ucrânia será muito mais solitária. Provem que estão conosco, provem que não vão nos deixar, provem que vocês são de fato europeus e, então, a vida vai vencer a morte e a luz vai vencer a escuridão”, discursou Zelensky.

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O presidente ucraniano ainda apontou terrorismo russo com o bombardeio de um prédio do governo de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, que teria deixado ao menos 10 mortos.

“Estamos apenas lutando por nossa terra. Queremos ver as nossas crianças vivas. Estamos lutando pelas nossas vidas. Estamos lutando por sobrevivência. Esta é nossa maior motivação”, disse Zelensky, que emocionou o tradutor e foi aplaudido em pé por mais de 1 minuto.

O presidente do Conselho da União Europeia, Charles Michel, afirmou que irá analisar o “legítimo” pedido de Kiev para entrar no bloco. No entanto, reconheceu que não há unanimidade sobre a ampliação da UE, que já conta com 27 nações.

“Vai ser difícil, sabemos que há opiniões diferentes na Europa. O conselho (dos governos da UE) terá que analisar seriamente o pedido simbólico, político e legítimo que foi feito e fazer a escolha apropriada de maneira determinada e lúcida”, disse Michel ao Parlamento Europeu.