Acusada de usar um código racista para identificar clientes suspeitos com base na cor da pele e das vestimentas em um shopping do Ceará, a Zara deve prestar explicações ao Procon-SP. O órgão de defesa do consumidor pediu justificativas à cadeia de lojas de vestuário sobre o caso. 

O caso de racismo aconteceu em uma loja da rede que fica no Shopping Iguatemi em Fortaleza. A loja supostamente usava o código secreto “Zara zerou” pelo sistema de som para alertar os seguranças sobre a entrada de pessoas negras. A polícia civil cearense indiciou o gerente da loja, Bruno Filipe Simões Antonio por racismo. 

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O Procon-SP pediu para que a Zara passe informações sobre o treinamento que é dado aos funcionários e demonstre quais medidas a rede está tomando em relação a conscientização, prevenção, políticas de diversidade, inclusão e combate ao racismo ou discriminação de qualquer gênero. 

A investigação da Polícia Civil do Ceará começou após a delegada Ana Paula Barroso ter sido impedida de entrar na loja. Ela registrou um boletim de ocorrência por racismo. A loja disse que o banimento da entrada foi porque ela estava tomando um sorvete e não usava máscara, mas a polícia descobriu que clientes brancos não tinham o mesmo tratamento.