Imagine se a moda pega: o Egito passará a cobrar impostos de youtubers e blogueiros. De acordo com o site egípcio Egypt Independent, Reda Abdel Qader, que é chefe da autoridade tributária egípcia e subsecretário do Ministério das Finanças, pediu aos criadores de conteúdo que se registrem na entidade.

Os youtubers e blogueiros egípcios devem procurar um órgão de finanças perto de onde trabalham e abrir um “arquivo fiscal” para realizarem uma espécie de declaração de renda, para cálculo do imposto, explica o site. A taxa será calculada sempre que as receitas atingirem o limite de 500.000 libras egípcias (cerca de R$ 170.000) num período de 12 meses a partir do início de seus canais ou blogs.

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Em comunicado divulgado no último sábado (25/9) e citado pelo Egypt Independent, Reda Qader afirma que o Ministério das Finanças está fazendo todos os esforços necessários para alcançar a “justiça tributária”, especialmente em relação às transações que ocorrem por meio de plataformas eletrônicas, para incluir a economia informal no sistema oficial.

O subsecretário destaca o papel do Fisco no controle do comércio eletrônico por meio da listagem, acompanhamento e registo das empresas que exercem atividade comercial na internet.

Como mostra o site egípcio, o supervisor da unidade de comércio eletrônico da autoridade tributária do Egito, Al-Sayed Sakr, revela que todos os criadores de conteúdo online que lucram com suas visualizações estão sujeitos ao pagamento de impostos.

“Passamos a estender as mãos de forma amigável, para ingressarem na economia oficial e no sistema tributário”, diz Sakr, citado pelo Egypt Independent. O supervisor não sabe dizer o número de blogueiros e youtubers que devem ser afetados pela medida.

Ele acrescenta que as páginas pessoais também estarão sujeitas aos impostos “desde que promovam produtos e que haja uma porcentagem de visualizações gerando lucros, que são pagos por meio da internet [como o Google Adsense]”.