O YouTube suspendeu o canal ultraconservador OAN de publicar novos vídeos durante uma semana por desinformar sobre a pandemia e impediu a cobrança pelo conteúdo que estava on-line, informou nesta terça-feira (24) a rede social.

“Após um exame cuidadoso, retiramos um vídeo do OAN e lhe fizemos uma advertência por ter transgredido nossas regras sobre desinformação sobre a covid, que proíbem conteúdos que proclamem que existe um remédio garantido”, disse Ivy Choy, porta-voz do YouTube, uma plataforma do grupo Google.

Esta é a primeira vez que o YouTube atua contra o OAN, um dos pequenos canais pró-Trump que se negam a admitir a vitória do democrata Joe Biden nas eleições e alimentam versões sobre uma suposta fraude para desfavorecê-lo.

Esta é a primeira sanção contra o OAN e se o canal receber outras duas será eliminado do YouTube. Para poder voltar a cobrar por seus vídeos, o OAN terá que provar que acata as normas do YouTube.

Durante a campanha das eleições americanas, o YouTube retirou desde fevereiro 200 mil vídeos que considerou perigosos ou mentirosos.

Dezenas de milhares de partidários do presidente Donald Trump desistiram do canal de televisão conservador FoxNews e se concentraram em pequenos canais de ultradireita na web.

O presidente do OAN, Charles Herring, disse à AFP que seu canal esteve entre os dez com maior audiência durante várias semanas.

Vários senadores democratas dirigiram nesta terça uma carta ao YouTube na qual lhe pediram para retirar os vídeos que contêm informações falsas sobre as eleições.