Com uma pressão maior para combater a desinformação na plataforma, o YouTube tem endurecido a sua política contra notícias falsas e discursos de ódio. Nessa direção, o site já excluiu 33 vídeos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) somente de abril a outubro de 2021.

O último foi a live da quinta-feira (21), quando Bolsonaro usou um falso estudo do governo britânico para dizer que pessoas vacinadas eram mais propensas a contrair AIDS. A Agência de Saúde do Reino Unido, no entanto, desmentiu essa informação e reafirmou que as vacinas são seguras.  

+É mentira que vacinados contra a covid têm desenvolvido AIDS

As exclusões se tornaram frequentes depois que o YouTube passou a ter políticas mais rígidas das informações sobre a pandemia de covid-19, medicamentos sem eficácia comprovada e combate a teorias conspiratórias. 

Apesar de avançar no combate a desinformação, plataformas como YouTube e Facebook ainda são pouco transparentes sobre as punições que distribuem. Ao jornal Extra, o pesquisador Guilherme Fellitti, da Novelo Data, disse que não é sempre que postagens com informações falsas envolvendo o presidente são excluídos da plataforma.    

“A experiência que temos é de que elas são ignoradas quando estamos falando de alguns players específicos, como Bolsonaro. A aplicação das políticas só funciona quando há um incentivo externo, quando há polêmica ou a imprensa alerta para o descumprimento das regras. As redes não são ativas a ponto de sua própria equipe detectar casos de desinformação e puni-los”, analisa