A plataforma de vídeos YouTube anunciou nesta segunda-feira que eliminará conteúdo “manipulado ou alterado” para influenciar os eleitores, em um novo esforço para combater a desinformação.

O serviço, de propriedade da gigante Google, explicou que a medida faz parte de um esforço para ser uma “fonte mais confiável” de notícias e promover um “discurso político saudável”.

Leslie Miller, vice-presidente de assuntos governamentais e políticas públicas do YouTube, disse em um blog que as normas do serviço proibirão “conteúdo tecnicamente manipulado ou modificado de maneira a enganar os usuários” e que representa um “risco sério de dano flagrante”.

As novas diretivas também proíbem conteúdo que divulgue informações enganosas sobre a participação nas eleições ou no censo.

Essa mudança na política acontece em meio a uma pressão crescente sobre os gigantes do Vale do Silício para que melhorem suas práticas para prevenir a divulgação de notícias falsas, e uma preocupação especial pelos vídeos chamados de “deepfake”, que utilizam inteligência artificial para criar conteúdos falsos de aparência crível.

Tanto Facebook como Twitter anunciaram nos últimos meses o fechamento de milhares de contas falsas associadas a campanhas de manipulação política.

Entretanto, a rede social dirigidA Mark Zuckerberg negou que censurará os avisos publicitários políticos que contenham postulados enganosos ou falsos.

O Twitter, por sua vez, anunciou uma proibição dos anúncios com fins políticos em sua plataforma. O Google impôs restrições aos anúncios hiper segmentados.