O custo de lidar com a mudança climática é “enorme” e os investidores privados terão que aumentar o financiamento da energia renovável e outras inovações para a economia americana, afirmou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, nesta quarta-feira (21).

Um dia antes de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, organizar uma cúpula climática virtual com 40 líderes mundiais no Dia da Terra, Yellen falou com um grupo bancário internacional para desenvolver a abordagem do governo sobre o “risco existencial”.

“Depois de permanecer à margem durante quatro anos, o governo dos Estados Unidos está totalmente comprometido a voltar a se unir à luta contra a mudança climática”, destacou em um discurso no Instituto de Finanças Internacionais.

Cumprir com os objetivos do Acordo Climático de Paris “vai exigir uma ação ousada e urgente, nada menos que transformar setores importantes da economia global, especialmente quando se trata de como geramos energia e transportamos pessoas e bens”.

Nesse sentido, citou uma estimativa que diz que o preço para tornar a economia dos Estados Unidos neutra nas emissões de carbono é de 2,5 trilhões de dólares, e enquanto o plano de infraestrutura e empregos de 2 trilhões proposto por Biden proporciona investimentos críticos, “cumprir com o custo total durante os próximos 10 anos exigirá substancialmente mais”.

“O capital privado deverá cobrir a maior parte desse vazio”, sentenciou.

O enviado dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, afirmou nesta quarta-feira mais cedo que o financiamento privado é o “único lugar” onde encontrar os recursos e a tecnologia necessários para reduzir as emissões.

Funcionários do governo disseram que Biden anunciaria na quinta-feira um novo e ambicioso objetivo dos Estados Unidos para reduzir drasticamente as emissões que causam a mudança climática durante a próxima década, e pediria aos líderes mundiais para que façam o mesmo.