Em boletim mensal publicado em seu site, a XP Investimentos informou que passou de 3,50% para 3,90% sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021. As pressões de alta que pesaram para o ajuste na perspectiva foram o câmbio, até agora mais depreciado do que a corretora esperava, a alta nos preços das commodities, o aumento dos custos de produção de bens duráveis e semiduráveis, a chance da vacinação contra a covid-19 abrir espaço para reajustes nos serviços e a possibilidade de novas parcelas do auxílio emergencial serem pagas neste ano, alternativa que passou a integrar o cenário base da XP.

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A taxa de 3,90% coloca a projeção da XP Investimentos acima da meta de inflação do Banco Central, que para este ano é de 3,75%. Considerando as aberturas do IPCA, os principais ajustes na projeção ocorreram em alimentação no domicílio (de 3,60% para 5,0%), serviços (de 2,10% para 2,30%), semiduráveis (de 3,50% para 3,80%) e duráveis (de 3,70% para 4,0%).

“No médio prazo, a ociosidade ainda elevada da economia – especialmente no mercado de trabalho – e a redução dos estímulos monetários devem contribuir para que a pressão corrente se restrinja a 2021. Também devem contribuir para a redução da inflação a recuperação da oferta de bens duráveis e a apreciação da taxa de câmbio que contemplamos em nosso cenário base”, diz o texto, que afirma projeção de dólar a R$ 4,90 no fim deste ano e a R$ 4,80 no fim de 2022.