O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, comentou nesta terça-feira, 17, uma proposta de fusão entre o PSC – do qual é presidente de honra – e o PSL, antigo partido de Bolsonaro. “Estamos analisando, vamos conversar. Temos de avaliar. O PSC tem uma tradição de longa data”, afirmou, em café da manhã com a imprensa.

Com posição ainda incerta sobre a eleição municipal de 2020 no Rio, Witzel garantiu que o PSC terá candidato próprio, mas não cravou um nome e balançou ao falar sobre a possibilidade de apoiar o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). O governador tem elogiado o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é do Rio e correligionário de Paes. O DEM está na base do governo estadual, apesar de Witzel ter disputado com o ex-prefeito o segundo turno da eleição do ano passado.

Além de abordar temas políticos, Witzel comentou dados e fez um balanço do primeiro ano de gestão. Apesar de a segurança pública ser a principal bandeira do governador, ela não teve tanto protagonismo na conversa desta manhã. Em um momento que ilustra a tentativa de uma guinada para a moderação em sua imagem, o mandatário lamentou as mortes decorrentes de ações nas favelas.

No café com os jornalistas, que durou mais de 1 hora, o governador do Rio se sentou entre quatro figuras-chave de sua gestão. De um lado, a esposa Helena Witzel, muito presente nos bastidores do Palácio Guanabara, e o secretário de Governo e Relações Institucionais, Cleiton Rodrigues; do outro, o vice-governador, Cláudio Castro, e o secretário de Casa Civil, André Moura, importante braço político do governo e ex-deputado federal.

Witzel também foi perguntado sobre a crise da Saúde no município do Rio, que tem emparedado o prefeito Marcelo Crivella (PRB). O governador disse que não pode emprestar dinheiro de modo inconsequente para a capital e esquecer de outros municípios, até porque o Estado está no Regime de Recuperação Fiscal. E foi justamente este o caminho sugerido por Witzel a Crivella: estudar a possibilidade de aderir ao Regime.