O BTG anunciou na segunda-feira (17) o lançamento de um fundo dedicado integralmente aobitcoin. Por quê?
No início de abril lançamos um fundo, o BTG Pactual bitcoin 20, dedicado a investidores de varejo. É um fundo multimercado que investe 80% em renda fixa e 20% em bitcoin. Em pouco mais de um mês o fundo atraiu 10 mil investidores e já tem R$ 17 milhões investidos. Aí percebemos o interesse dos investidores por criptomoedas e lançamos um fundo dedicado ao bitcoin.

O bitcoin é extremamente volátil, e chegou a oscilar 33% na quarta-feira (19). Como o fundo vai refletir isso?
As cotas vão refletir tanto a volatilidade da criptomoeda quanto do real em relação ao dólar. Como a liquidez é elevada, o investidor pode comprar hoje e vender amanhã. Porém, ao contrário do bitcoin, que oscila continuamente, a cota do fundo será diária. Vamos realizar as operações até as 14h e divulgar a cota por volta das 17h, sempre em dias úteis.

Qual será o perfil do novo fundo?
Por estatuto, o BTG Pactual bitcoin 100 terá de investir de 95% a 100% do patrimônio nessa criptomoeda. Será um fundo com liquidez: o investidor solicita o resgate hoje e terá os recursos na conta em quatro dias, o chamado D+4. E apesar de ser destinado a investidores qualificados, que têm ao menos R$ 1 milhão investidos, será um fundo acessível. A aplicação mínima é de R$ 1 mil e a taxa de administração é de 0,5% aa.

O investidor pode especular com as cotas?
Dadas as características do bitcoin, nossa recomendação é que as cotas do fundo sejam apenas parte de uma carteira de investimentos diversificada. Nossa proposta é democratizar esse mercado e poder oferecer esse produto para o maior número possível de clientes.

O fundo vai investir em outras criptomoedas?
Não. Sabemos que há milhares de criptomoedas, mas por enquanto vamos nos dedicar apenas ao bitcoin, porque ele é a moeda mais conhecida e com maior liquidez. Com o tempo, se percebermos que há demanda, poderemos pensar em outros produtos que invistam em ativos que não o bitcoin.

RUMO AO DÓLAR

O aquecimento da concessão de empréstimos elevou a demanda por recursos, o que acabou ampliando o patrimônio dos fundos de direitos creditórios. No ano, foram eles que mais receberam aplicações líquidas. Em seguida, vieram os fundos cambiais, cuja captação líquida no acumulado de 2021 superou a dos fundos de renda fixa, dos multimercados e de ações. A valorização consistente do dólar fez com que esses fundos se tornassem mais atraentes para os investidores, apesar de seu desempenho não ser, necessariamente, vinculado à oscilação das taxas de câmbio.

EM ALTA
3,24% 

Foi o aumento da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) no mês de maio comparado ao 1,58% registrado em abril. O índice acumula alta de 12,70% no ano e de 35,91% em 12 meses. Em maio de 2020, o índice variara 0,07% e acumulava elevação de 6,07% em 12 meses. A causa foi a alta de 7,66% nos preços das matérias-primas, após uma queda de 0,30% em abril. Com isso, os preços no atacado avançaram 4,20% em maio ante 1,79% em abril.

EM BAIXA
1,59% 

Foi a queda da atividade econômica no mês de março, conforme dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgados na última semana. Considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o indicador recuou após uma alta de 1,89% registrada em fevereiro. O resultado de março foi o primeiro recuo na comparação mensal desde abril do ano passado, já refletindo a segunda onda da pandemia que se espalhou por todo o Brasil.