O WikiLeaks anunciou nesta terça-feira que dará prosseguimento à divulgação de telegramas diplomáticos confidenciais americanos, apesar das detenção em Londres de seu fundador, Julian Assange, de acordo com a ordem europeia de captura emitida pela Suécia por uma acusação de estupro.

“As ações de hoje (terça-feira) contra nosso editor chefe Julian Assange não afetarão nossas operações: divulgaremos mais telegramas esta noite, como de costume”, destacou a conta do WikiLeaks na página de ‘microblogs’ Twitter.

Um jornalistas que trabalha para o WikiLeaks declarou que os funcionários do site prosseguem com as tarefas habituais.

“Em termos do que está acontecendo, tudo continua segundo o previsto, tudo seguirá saindo como sempre”, declarou à AFP James Ball, que analisa documentos diplomáticos para o WikiLeaks.

Assange foi detido nesta terça-feira pela manhã pela polícia de Londres em função de uma ordem de prisão das autoridades suecas por suspeita de estupro, anunciou a Scotland Yard em um comunicado.

O australiano, de 39 anos, cujo site está publicando milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos, foi detido ao se apresentar à polícia às 9h30 locais (7h30 de Brasília). Ele deve comparecer nas próximas horas a uma audiência com um juiz de primeira instância no tribunal de Westminster, no centro da capital britânica.

afp/fp