O que era para ser uma das maiores ofertas iniciais de ação do ano marcado por grandes IPO’s, se tornou uma enorme dor de cabeça para a WeWork. Os problemas começaram quando um dos fundadores da empresa e então CEO, Adam Neumann, começou a ter atitudes no mínimo duvidosas em seu cargo, como a demissão de empregados enquanto estaca sob efeito de álcool, proibição de consumo de carne por parte dos funcionários da companhia e até mesmo o desligamento de funcionários porque a esposa de Neumann, Rebekah, acreditava que alguns destes traziam energias negativas.

As polêmicas foram se juntando nos últimos meses e minando os planos de IPO da empresa, que no começo do ano era avaliada em US$ 47 bilhões, e que agora está na casa de US$ 10 bilhões. Por conta disso, Adam renunciou o cargo de CEO.

Mesmo com a saída de um de seus homens fortes, a WeWork continuava firme no plano de entrar no mercado acionário, buscando dinheiro para manter sua operação deficitária. Porém, nesta segunda-feira (30), Artie Minson e Sebastian Gunningham, co-CEO’s da empresa, divulgaram um comunicado para a imprensa informando que os planos do IPO foram interrompidos.

“Nós decidimos em adiar nosso IPO para focar no centro de nossos negócios, onde continuamos fortes”,  disse a dupla de executivos que tiveram que lidar com a saída em massa de diversos investidores que já estavam fechados em apostar na empresa, uma vez que ela fosse listada na bolsa de valores. Minson e Gunningham ocupam o lugar de Neumann após sua saída, na semana passada. A empresa diz que espera realizar a oferta inicial de ações até o final de 2019.