Papéis avulsos

A catarinense Weg foi uma das primeiras a divulgar os resultados do segundo trimestre. Na quarta-feira 19, ela informou um lucro líquido de R$ 272 milhões, alta de 6,7% em relação ao mesmo período de 2016. A Weg conseguiu obter esse resultado apesar da queda de 2,3% nas receitas trimestrais, que encolheram de R$ 2,33 bilhões em 2016 para R$ 2,28 bilhões em 2017. Foi o melhor desempenho da companhia presidida por Harry Schmelzer Jr. em um segundo trimestre desde 2011. O resultado operacional medido pelo Ebit subiu 24% na comparação entre os trimestres, indo de R$ 240 milhões em 2016 para R$ 300 milhões em 2017. Segundo a companhia, houve melhora nos segmentos agroindustrial e de alimentos e bebidas. Os bons resultados da Weg, apesar do cenário ainda adverso da economia, permitem prever uma safra de resultados melhores, avalia Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora.

 

Varejo

Magazine Luiza emite dívida

O conselho do Magazine Luiza aprovou, na terça-feira 18, a captação de R$ 300 milhões por meio da emissão de debêntures com colocação privada. Os papéis, com três anos de prazo e valor unitário de R$ 1.000, deverão ser emitidos no dia 31 de julho, data prevista para o anúncio dos resultados do segundo trimestre. Os prognósticos são bons. Os analistas do BTG Pactual esperam um crescimento nas vendas, especialmente por meio do comércio eletrônico. As expectativas do mercado são de um lucro superior aos R$ 58 milhões no primeiro trimestre. No mês, até a quarta-feira 19, as ações sobem 34,8%. No ano, a alta é de 226,6%.

 

Imóveis

Cyrela divulga prévia positiva

A incorporadora Cyrela divulgou sua prévia do segundo trimestre na quarta-feira 19, indicando uma melhora de 7,1% no volume de lançamentos, que subiu para R$ 640 milhões. Foram lançados nove empreendimentos, dos quais sete na cidade de São Paulo. As vendas líquidas contratadas no trimestre foram de R$ 756 milhões, um aumento de 35,4% em comparação com o mesmo período de 2016. No ano, as ações ordinárias da Cyrela sobem 12,2%.

 

Touro x Urso

A manutenção dos juros estáveis na Europa, anunciada na manhã da quinta-feira 20, animou os mercados internacionais. Os investidores temiam que o início de um processo de endurecimento monetário pelo Banco Central Europeu disparasse movimentos análogos ao redor do mundo, mas os juros deverão permanecer perto de zero por muito tempo, o que deve sustentar novas altas nas bolsas.

 

Destaque no pregão

A virada da Triunfo

A empresa de investimentos em infraestrutura Triunfo Participações começou a colecionar boas notícias no início do terceiro trimestre. Fechou a venda de sua participação no terminal portuário Portonave, em Santa Catarina, para a suíça Til por R$ 1,4 bilhão, e está avançando na negociação com os credores para sanear sua dívida, estimada em R$ 3,8 bilhões. Segundo Álvaro Frasson, da Eleven Financial, o maior risco para a Triunfo é o perfil de seu endividamento, concentrado no curto prazo. Porém, avalia ele, a empresa está engajada em um processo de desalavancagem por meio da venda de ativos e reorganização de sua estrutura de capital. No ano, as ações sobem 36,3%.

Palavra do analista:
Segundo Álvaro Frasson, analista da Eleven Financial a “repactuação do endividamento deve proporcionar proteção ao caixa da empresa, alongamento e redução do endividamento, variando a solução conforme o credor e o contrato”. Ele recomenda a compra das ações, e estabelece um preço-alvo de R$ 13, alta potencial de 211% ante os R$ 4,18 do fechamento da quarta-feira 19.

 

Telefonia

Oi quer levantar R$ 8 bilhões

O Conselho de Administração da Oi aprovou, na quarta-feira 19, um aumento de capital de até R$ 8 bilhões. A decisão representa uma mudança na estratégia da companhia presidida por Marco Schroeder, em recuperação judicial desde junho. A empresa de telefonia vinha defendendo resolver antes as pendências com os credores, que ainda não aprovaram o plano de recuperação judicial. No ano, as ações da Oi sobem 48,4% até a quarta-feira 19.

 

 

Mercado em números

VALE
5,8% – Foi o aumento da produção de minério de ferro pela empresa no segundo trimestre, um total de 91,8 milhões de toneladas

LOCALIZA
13 milhões – É a quantidade de ações que poderão ser recompradas pela empresa de locação de veículos, representando 7,8% do total em circulação no mercado

MRV
R$ 700 milhões – É quanto a construtora pretende captar por meio da emissão de três séries de debêntures, com prazos de três, cinco e sete anos

GAFISA
R$ 479,9 milhões – Foi o Valor Geral de Vendas preliminar da incorporadora no segundo trimestre, uma queda de 30,2% em relação ao mesmo período de 2016

BR PROPERTIES
R$ 275 milhões – É quanto a empresa de participações imobiliárias quer captar com debêntures, para reforçar sua atuação no mercado de escritórios