Ao longo de seus 23 anos de história, o site de venda de carros Webmotors conquistou uma audiência mensal de mais de 11 milhões de pessoas e se consolidou como uma das principais plataformas de venda de veículos usados do Brasil.

Atualmente, o site conta com um estoque de 500 mil carros anunciados e a presença de 12 mil lojistas e revendedores, de todos os portes, que escolheram a plataforma para vender seus veículos. “A Webmotors sempre foi o Tinder do mercado automotivo”, afirma Cláudia Woods, CEO da Webmotors referindo-se ao popular aplicativo que faz a intermediação de encontros amorosos.

Mas a Webmotors quer ir além dessa intermediação e está entrando em uma área nova. A empresa, controlada pelo banco espanhol Santander, acaba de criar uma plataforma de meio de pagamentos especializada em carros, batizada de Autopago. “Ela nasceu para diminuir a dor do comprador e do vendedor depois que eles compram um veículo”, diz Cláudia.

O Autopago, segundo Cláudia, atende duas das principais preocupações de segurança no processo de transação: a vistoria para garantir a procedência do veículo e a hora do pagamento.

No primeiro item, a Webmotors faz uma análise de 250 itens do veículo, como história de acidentes, teste de pintura, verificação de quilometragem e análise de documentos. A vistoria ainda verifica pagamento de IPVA e multas e dá garantia de carro não roubado.

No quesito pagamento, o Autopago funciona como uma carteira virtual, a exemplo do Mercado Pago, do concorrente Mercado Livre. O dinheiro da venda é depositado nessa carteira pelo comprador e só é liberado ao vendedor depois da transferência dos documentos.

A Webmotors cobra uma taxa de 1,5% do valor da venda, que pode ser paga 100% pelo comprador ou pelo vendedor, ou dividida entre ambos. “Daqui a dois anos, a nossa estimativa é que 60% das transações das pessoas físicas sejam feitas pelo Autopago”, afirma Cláudia.

A executiva não revela quantos carros são vendidos pela plataforma. Mas diz que entre 35% e 40% dos negócios são entre pessoas físicas. O restante é de lojistas e revendedores que atuam na plataforma.

Embora não tenha nenhum plano no momento, Cláudia acredita que a tendência que o Autopago evolua para um produto agnóstico. “Não tem razão para ficar restrito apenas à Webmotors”, diz a executiva.