Por Hyunjoo Jin e Paresh Dave

BERKELEY (Reuters) – A Waymo, da Alphabet, e a rival Cruise pediram aval para começarem a cobrar por caronas e entregas usando veículos autônomos em San Francisco, segundo documentos vistos pela Reuters, preparando o cenário para os maiores testes já feitos de suas tecnologias em um denso ambiente urbano.

Nenhuma das empresas revelou quando pretende lançar os serviços. Mas eles detalharam planos de implantação opostos, com Waymo começando com “operações com motorista” e a Cruise esperando já implantar veículos sem humanos ao volante.

O Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia (DMV, na sigla em inglês) ainda não decidiu sobre as solicitações. A agência disse que ainda está analisando os pedidos.

Os esforços chegaram a momento decisivo para a Waymo, que o Google lançou há mais de uma década. A Waymo oferece viagens pagas e sem motorista por meio de seu aplicativo Chandler, em Phoenix, desde 2019. Mas não conseguiu expandir as operações no Arizona tão rápido quanto os analistas previram. A Cruise, que é da General Motors e que também tem Honda e SoftBank como sócios, tem se focado em San Francisco desde o início.

A Waymo disse à Reuters que a licença permitiria “completar as entregas pagas em modo autônomo, mas com um motorista no volante”. A empresa afirmou que poderia eventualmente oferecer serviços de passageiros sem mais ninguém no carro.

A Cruise não fez comentários imediatos.

Até agora, carros autônomos em São Francisco e no Vale do Silício têm sido usados em testes, embora veículos com sensores Lidar girando em seus tetos tenham se tornado algo cada vez mais comum. Cruise e Waymo planejam manter alguns limites durante as operações comerciais, à medida que aumentam as preocupações do público com a segurança dos sistemas de direção autônoma.

A Cruise disse que seu horário de atendimento será da noite ao início da manhã, com velocidades de até 48 km/h, de acordo com os documentos. Quando estiver pronta para a operação comercial, ela receberá 1,35 bilhão de dólares do SoftBank.

((Tradução Redação São Paulo; +55 11 56447764))

REUTERS IL AAP

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