O Walmart está sendo pressionado para se posicionar diante dos recentes massacres ocorridos nos Estados Unidos e que deixaram 31 mortos. No sábado (3), um atirador matou 22 pessoas dentro de uma unidade da rede de supermercados em El Passo, no Texas, e no domingo (4), outras nove pessoas morreram após um homem abrir fogo em um bar na cidade de Dayton, em Ohio. Além disso, dois gerentes do Walmart foram assassinados em uma filial no estado do Mississippi neste fim de semana.

Segundo os críticos à política de acesso a armas nos EUA, o Walmart, a maior rede varejista do país e que também comercializa armamentos, deve usar seu poder corporativo para forçar o endurecimento da legislação. A empresa foi alvo de protestos nas redes sociais com as  hashtags #walmartshooting, “#boycottwalmart” e “#guncontrolnow”.

Em entrevista à BBC, Igor Volsky, fundador e diretor executivo da Guns Down America, disse que os assassinatos dentro do próprio Walmart forçam a rede de supermercados assumir uma posição de liderança.

“O tiroteio em El Paso [Texas] aconteceu em sua loja. Eles têm a responsabilidade de ir mais longe”, disse.

Já a Moms Demand Action para Gun Sense in America, afirmou que o Walmart deveria proibir a entrada de pessoas armadas, como fazem a Target, Starbucks e outras grandes redes dos EUA.

A rede varejista já foi alvo de protestos anteriormente. Em 2013, um mês depois do massacre de 30 pessoas em uma escola em Connecticut, quase 300 mil pessoas assinaram uma petição pedindo ao Walmart que parasse de vender armas de alto calibre. Somente em 2015 o Walmart parou de vender armas deste tipo em suas lojas, mas ainda comercializa outras categorias.

Apesar das críticas, o Walmart afirmou que não tem planos para mudar suas políticas de venda de armas e porte dentro de suas unidades, informou o jornal Washington Post.