Por Stephen Culp

NOVA YORK (Reuters) – Um rali geral levou Wall Street a fechar em alta acentuada nesta quinta-feira, recuperando terreno perdido nas sessões recentes conforme participantes do mercado foram à caça de pechinchas ao mesmo tempo que digeriram as implicações de mudanças de perfil da pandemia.

Todos os três principais índices acionários dos EUA avançaram, com investidores favorecendo ações de valor em vez das de crescimento, enquanto papéis de smallcaps e empresas do setor de transportes –sensíveis às perspectivas para a economia– superaram o desempenho do mercado mais amplo.

Dos três índices, o Dow Jones foi o que mais ganhou, contabilizando seu maior ganho percentual diário desde 5 de março, com a Boeing Co fornecendo o maior impulso para o índice de blue-chips industriais.

O Dow subiu 1,82%, a 34.640 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,419442%, a 4.577 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,83%, a 15.381 pontos.

“Passamos 29 dias seguidos com o S&P 500 sem uma mudança de 1%, para cima ou para baixo, mas então a Ômicron chegou e tivemos essa explosão de volatilidade por cinco dias”, disse Ryan Detrick, estrategista-chefe de mercado da LPL Financial em Charlotte, Carolina do Norte.

“Depois da pior queda de dois dias em mais de um ano, finalmente estamos vendo um pouco de recuperação”, acrescentou Detrick. “Os compradores estão começando a voltar após a fraqueza recente, o que empurrou os papéis para cima, mas ainda há incerteza sobre a Ômicron.”

A nova cepa tem assustado os mercados por cerca de uma semana, atingindo ações relacionadas a viagens de maneira particularmente forte, já que várias novas restrições a circulação de pessoas foram adotadas em todo o mundo. As empresas do setor, porém, se recuperaram nesta quinta-feira.

O índice S&P 1500 Airlines de companhias aéreas e o índice S&P para empresas do segmento de hotéis e restaurantes saltaram 7,5% e 3,8%, respectivamente.

Foi o melhor desempenho diário do S&P 1500 Airlines desde 9 de novembro de 2020, quando a Pfizer Inc anunciou que a vacina desenvolvida em parceria com a BioNTech tinha mais de 90% de eficácia na prevenção de infecções pela Covid-19.

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