O diretor-presidente da Telefônica Brasil, Eduardo Navarro, afirmou que o volume proposto de investimentos para o País em 2019 é maior do que neste ano, embora os números ainda estejam em fase de aprovação pelo conselho de administração da companhia.

“O que estou propondo hoje é um investimento maior no ano que vem”, comentou nesta segunda-feira, 1º de outubro, o executivo, durante entrevista coletiva à imprensa. Navarro explicou que há uma demanda crescente dos consumidores por dados, o que requer aportes relevantes em infraestrutura.

Em relação ao quadro eleitoral indefinido, Navarro disse que não teme “um desastre, mas sim uma oportunidade perdida”. Na sua visão, o País não deve passar por um rompimento institucional. Entretanto, há risco de que a agenda dos candidatos não contemple os pontos necessários para fazer o País voltar a ter um crescimento econômico robusto e sustentável.

Manifesto

A Telefônica Brasil reuniu imprensa e agentes do setor de telecomunicações nesta segunda, em sua sede, para o lançamento do seu manifesto por um novo pacto digital. O manifesto pretende discutir oportunidades, riscos, direitos e deveres associados ao aprofundamento do uso de tecnologias digitais no dia a dia da população.

Com o manifesto, a companhia pretende debater desdobramentos das tecnologias digitais sobre o ensino nas escolas, relações trabalhistas e atividades regulatórias, por exemplo, visando ao aprimoramento de políticas sociais.

“Agora pretendemos começar uma conversa mais intensa com os órgãos de governo e entidades de defesa do cidadão e do consumidor”, comentou Camilla Tapias, vice-presidente de Assuntos Corporativos. “Precisamos de uma modernização das nossas políticas públicas”, salientou.

O mesmo manifesto também foi divulgado pela Telefônica na Espanha, seu país de origem. Aqui no Brasil, o lançamento às vésperas das eleições foi uma coincidência, segundo Navarro. Ele disse que o tema da digitalização já foi levado a todos os candidatos e/ou seus representantes, além de ser compartilhado com concorrentes. Com a definição do novo presidente, o setor deverá se mobilizar novamente para incluir essa discussão na agenda.

Em relação ao PLC 79, que aguarda votação no Senado, Navarro disse que não há acordo com os congressistas para inclusão do tema na pauta. “Não há nenhum acordo fechado. A agenda do Senado pertence ao Senado”, ponderou.