Um mês após a CVM autorizar a compra de Brazilian Depositary Receipts (BDR) por investidores pessoa física, o volume negociado desses títulos cresceu 80% na B3. Os BDR são títulos brasileiros que representam ações de empresas estrangeiras, especialmente as negociadas em Wall Street. Segundo a XP Investimentos, considerando apenas os 40 principais BDRs disponíveis, o aumento no volume chegou a 111%, com este grupo passando a representar 87% da liquidez total. O maior crescimento veio de empresas tecnológicas, cujo volume de negócios dobrou e chegou a R$ 58 milhões por dia. A empresa que mais tem BDRs negociados atualmente é a Mercado Livre, com volume de R$ 22 milhões por dia, de acordo com o levantamento da XP.

PLANOS DE SAÚDE
Nova aquisição da NotreDame Intermédica

Gustavo Epifanio

O Grupo NotreDame Intermédica prossegue comprando. A empresa presidida por Irlau Machado anunciou, na terça-feira (24), a compra do Grupo Hospitalar de Londrina por R$ 170 milhões. O valor corresponde a R$ 700 mil por leito e será pago à vista, descontados o endividamento líquido e parcela de contingências. A NotreDame Intermédica afirma que o plano de integração prevê sinergias com as operações de sua subsidiária Clinipam no Paraná, e reafirma o compromisso de crescimento na região Sul.

ENERGIA
Avanço na privatização da CEEE-D

A privatização da empresa estatal gaúcha Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) avançou. Na quarta-feira (25), sua obrigação de pagar R$ 2,78 bilhões em ICMS ao governo do Rio Grande do Sul foi transferida para a empresa controladora da CEEE-D, a companhia de participações CEEE-Par. A operação, que foi aprovada pelo Conselho de Administração da estatal, já havia sido anunciada no dia 16 de novembro e faz parte das medidas tomadas pelo governo do Rio Grande do Sul para a privatização da CEEE-D. O Conselho também aprovou o aumento do capital de R$ 3,36 bilhões da CEEE-Par, com a emissão de 58,57 milhões de ações.

GOVERNANÇA
Fim para as preferenciais da Telefônica

As ações preferenciais da Telefônica Brasil (VIVT4) deixaram de ser negociadas na segunda-feira (23). Os papéis foram convertidos em ações ordinárias, negociadas com o código (VIVT3). Foram convertidos 1,1 bilhão desses papéis na proporção de uma preferencial para uma ordinária. A medida foi aprovada em outubro, para melhorar a governança da Vivo.

DESTAQUE DO PREGÃO
Suzano vende R$ 1 bilhão em florestas

Ricardo Teles

A Suzano vendeu, na sexta-feira (20), 21 mil hectares de florestas no estado
de São Paulo por R$ 1 bilhão. O comprador foi a Bracell Celulose, empresa controlada pelo grupo Royal Golden Eagle, de Cingapura. A transação permitirá à Suzano reduzir seu endividamento, que hoje está em 4,4 vezes a geração de caixa para 3,5 vezes até o fim de 2021, o que permitirá a implantação de uma nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS). Com a venda, a empresa atingiu, bem antes do tempo, sua meta de vender R$ 1 bilhão em ativos não estratégicos, estabelecida após a fusão com a Fibria. Os analistas do BTG calculam o preço-alvo das ações da Suzano em R$ 59, o que representa um potencial de alta de quase 20% ante o fechamento da quarta-feira (25).

ALIMENTOS
Melhora perspectiva de risco da BRF

A agência de classificação de risco S&P elevou de estável para positiva a perspectiva para a classificação de risco (rating) da BRF. Isso indica que o rating da empresa, atualmente no nível BB-, pode subir nos próximos 12 meses. A melhora decorre do esforço da BRF para reduzir seu endividamento por meio da venda de ativos, especialmente no exterior, após as crises de 2017 e de 2018.