Não é de hoje que empresas aéreas de baixo custo, principalmente na Europa, pensam em assentos verticais em aviões. O que pode parecer surreal, na visão das companhias pode aumentar em 20% o número de passageiros em uma viagem.

Neste final de semana, a empresa italiana Aviointeriors apresentou seu projeto na feira Aircraft Interiors Expo, realizada em Hamburgo, na Alemanha. Chamado de Skyrider 2.0, os assentos dão lugares a apoio para pernas, braços e costas. De acordo com a companhia, assemelha-se a uma sela de equitação.

Os benefícios para as aéreas são muitos. Redução de 50% no peso total dos assentos e crescimento de 20% no total de passageiros. Além disso, a Aviointeriors garante que os passageiros poderiam aguentar horas nessa posição.

“O Skyrider 2.0 é a nova fronteira das passagens de baixo custo e oferecem a possibilidade de voar a todos que não podem pagar por isso hoje”, diz em nota a companhia.

No passado, a companhia irlandesa Ryanair criou polêmica ao apresentar um projeto semelhante. A empresa foi alvo de críticas de passageiros e da própria indústria. Um dos empecilhos seria o excesso de bagagem de mão, que não teria o acondiciomento ideal.

Mas, segundo a própria empresa, uma pesquisa realizada por ela mostrou que 42% dos entrevistados aceitariam voar dessa maneira.

Na América do Sul, a aérea colombiana VivaColombia também possui ideia semelhante. Em janeiro deste ano, o CEO da companhia, William Shaw, afirmou a uma rádio local que “se os passageiros conseguem viajar em pé de ônibus por uma hora, por que não conseguiriam em um voo para Cartagena”.