A projeção da vitória de Joe Biden na Casa Branca pode impulsionar ainda mais as vendas de armas nos Estados Unidos. Isso tudo porque o possível próximo presidente indicou diversas vezes que pretende aumentar a regulação sobre as armas de fogo.

O ex-vice-presidente disse que os fabricantes de armas são “inimigos” dos esforços de controle de armas do Partido Democrata. O site de sua campanha pede a proibição da fabricação e vendas futuras de armas como o AR-15, posição que ele mantém desde uma série de tiroteios em massa em 2019.

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Diretor administrativo da consultoria Aegis Capital, Rommel Dionisio disse à CNN que “a eleição de um presidente democrata que prometeu endurecer a legislação de controle de armas pode muito bem aumentar a demanda por armas de fogo”. Os temores dessas pessoas, avalia ele, segue no sentido de que os democratas podem passar leis que aumentem o controle sobre as armas e a tendência com essa sinalização é de que o volume de vendas aumente até o final do ano.

As vendas de armas dispararam após as campanhas de 2008 e 2012, onde Barack Obama saiu vencedor. O recorde anterior de 15,7 milhões de armas vendidas em um ano civil foi estabelecido em 2016, quando uma pesquisa sugeriu que Hillary Clinton ganharia a presidência, motivando muitas pessoas a estocar armas de fogo.

A onda de alta nas vendas das armas ganhou impulso com os bloqueios de pandemia da covid-19 a partir de março. Temerosos com uma possível onda de crimes e da agitação social que eclodiu após a morte de George Floyd pela polícia fez com que as pessoas comprassem armas pela primeira vez.

Até outubro, houve um aumento de 60% nas vendas em comparação com o mesmo mês de 2019 e mais de 17 milhões de armas foram vendidas até o mês passado, tendência que deve seguir em alta até o final do ano.