Uma pesquisa liderada pelo Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz, Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Piauí (UFPI) detectou o vírus do Nilo Ocidental pela primeira vez em Minas Gerais.

Assim como o vírus da febre amarela, o do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente os do gênero Culex, popularmente conhecidos como pernilongos ou muriçocas.

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As amostras positivas foram coletadas de cavalos que adoeceram entre 2018 e 2020. A pesquisa ainda confirmou a circulação viral no Piauí e em São Paulo.

De forma inédita, os cientistas obtiveram o sequenciamento do genoma completo dos microrganismos nos três Estados. Os resultados foram divulgados em artigo em formato pré-print na plataforma bioRxiv.

O que causa a febre do Nilo Ocidental?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas. Entre os casos sintomáticos, a febre do Nilo Ocidental geralmente se manifesta de forma leve, com dor de cabeça, cansaço e vômito.

As formas graves da doença, como meningite e encefalite, atingem um em cada 150 infectados. Os sintomas podem ir de febre alta e rigidez da nuca a convulsões, coma e paralisia.

Quando foi encontrado no Brasil?

As primeiras evidências sobre a presença do vírus no Brasil foram encontradas em 2009, em um estudo liderado pelo IOC/Fiocruz, que analisou amostras de cavalos do Pantanal.