Até 2002, o curitibano Raphael Zanette, formado em administração e direito, atuava em uma seguradora. Mas o que gostava de fazer mesmo era participar das confrarias e de estudar em cursos de vinho. Estimulado por um amigo e pela vontade de ter um negócio próprio, abriu em outubro daquele ano seu primeiro empreendimento: uma franquia da loja de vinhos Expand. Era o início da jornada enogastronômica do empresário, que de lá para cá lançou o restaurante Terra Madre, C La Vie Bistrô e Olivença Cozinha Ibérica. Paralelamente, Zanette criou sua própria importadora em 2007, a Magnum. Como consequência de sua experiência no setor e as mudanças do mercado consumidor, inaugurou em 2015 o primeiro Vino! Bar, um novo conceito que reúne bar, restaurante e loja de vinhos em um único lugar. Um wine bar, como ele gosta de chamar. O modelo ganhou corpo e foi replicado: quatro unidades em Curitiba, uma em São Paulo e uma em Florianópolis. Desde meados do ano passado virou franchising e é a aposta do executivo para desenvolver o Grupo Vino!, que faturou R$ 16 milhões em 2021 e espera um crescimento de 20% para este ano. “Criei esse formato olhando para experiências do exterior. O wine bar é mais focado na experiência do vinho, para o final de tarde com amigos, com muitas ofertas de produtos”, disse.

Atualmente são 44 contratos assinados para estabelecimentos serem instalados em 15 estados, em franquias negociadas pela aceleradora 300 Franchising — consolidando-se como a maior rede do segmento, segundo a companhia. Até agora, 12 lojas foram abertas. “Teremos um boom de abertura em 40 dias. Muitas estão em fase final de obras”, disse o empresário.

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A procura do Grupo Vino! não é apenas por investidores. É fundamental que o franqueado seja o operador do negócio. “O público do wine bar tem a característica de querer recomendação. Ninguém melhor que dono da operação, que prova os vinhos e conhece o portfólio, para estar à frente.” Até dezembro, a expectativa é de que os contratos cheguem a 60 e em 2023, a 100. O investimento gira em torno de R$ 250 mil, com taxas e estoque inicial.

Uma dark kitchen em São Paulo já foi testada, funcionou bem e será reproduzida em outras localidades para dar melhor fluxo aos pratos do Vino!. Todos eles assinados pelo chef Rodrigo Martins, responsável também pelos treinamentos nas unidades franqueadas. Com isso, segundo Zanette, as lojas já recebem os produtos praticamente prontos, como molhos e os tradicionais arancinis (bolinhos de risoto). “Mantemos o padrão e geramos economia com custos de equipamento e equipe”, afirmou o restaurateur.