É comum que os líderes de equipes empresariais motivem os funcionários dizendo que eles (e elas) têm de “suar a camisa”. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, têm ido um pouco além nessa prática. Em vários eventos corporativos do banco estatal, ele “convidou” os bancários da Caixa a fazer flexões, de modo a “estimular o desempenho” das equipes.

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Em um evento de fim de ano realizado em Atibaia, a 67 quilômetros de São Paulo, Coutinho obrigou vários funcionários a realizar a atividade. O próprio Guimarães comandou o exercício, fazendo a contagem regressiva de dez flexões. O desempenho pode ser visto nos vídeos, a que DINHEIRO teve acesso.

Apesar de atividades desse tipo não serem uma novidade, eles podem provocar problemas para as empresas. Em 2003, uma gerente-geral de um banco privado teve de realizar a mesma atividade em uma convenção da instituição financeira como “castigo” pelo baixo desempenho de sua agência. A questão foi parar na Justiça do Trabalho. Após uma longa tramitação, em 2012 o Tribunal Superior do Trabalho deu ganho de causa à funcionária, que recebeu uma indenização de R$ 100 mil. “O ambiente na Caixa está muito ruim”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Dionísio Reis.