Uma empresa da República Checa especializada em soluções de realidade virtual anunciou um novo serviço que pretende preservar, no metaverso, um avatar realista do usuário, mesmo depois da morte. O modo ‘Live Forever’ permite aos usuários ‘renascer’ no metaverso, com uma aparência, voz e personalidade semelhantes aos da pessoa falecida.

A empresa pede, para conseguir oferecer este serviço, autorização para armazenar um grande volume de dados pessoais, como conversas, movimentos e expressões faciais, de forma a conseguir criar uma representação o mais fiel possível.

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A inspiração surgiu ao CEO da empresa, Artur Sychov, depois de ter perdido o pai, vítima de câncer, há alguns anos. “Se eu morrer e tiver autorizado este armazenamento de dados, os meus filhos podem entrar e ter uma conversa com o meu avatar, ver os meus movimentos e ouvir a minha voz. Vão encontrar a pessoa. E, provavelmente nos primeiros dez minutos, não vão perceber que se está a falar com Inteligência Artificial. Esse é o objetivo”, assume Sychov à Vice.

A empresa está localizada na blockchain ethereum e está acessível a partir de headsets de realidade virtual, com os utilizadores a poder comprar terrenos, construir, comprar ou importar casas e outros bens, num modelo “completamente transparente e percetível”, explica Sychov. O objetivo é começar a sondar potenciais interessados na tecnologia já a partir do próximo ano.

O armazenamento de dados vai começar pelos sons e movimentos do usuário dentro do próprio metaverso da Somnium e irá se estender até cerca de 100 a 300 vezes a que acontece quando se usa o smartphone.

A Somnium Space complementa ainda que os utilizadores não devem se preocupar com a venda dos seus dados a anunciantes pois, ao contrário de outras tecnológicas, “não queremos saber o vosso nome. Não nos importamos sobre quem são”, diz o diretor executivo.