A vida deve voltar ao normal a partir do segundo semestre do ano que vem. A avaliação é da bioquímica húngara Katalin Karikó, vice-presidente da BioNTech.

De acordo com o El País, Katalin vem trabalhando há 40 anos nos tratamentos e vacinas com base na molécula de RNA, exatamente a mesma usada pela Moderna e a BioNTech contra o coronavírus.

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O que chama mais atenção é que sua tese nunca recebeu apoio financeiro nem incentivo empresas farmacêuticas e laboratórios.

Foram anos de rejeição até que em 2010, a Moderna comprou os direitos do RNA modificado e em poucos anos recebeu capital privado, incluindo US$ 420 milhões da Astrazeneca. A empresa dizia ser capaz de tratar doenças infecciosas com RNA mensageiro.

Paralelamente, uma pequena firma alemã, a BioNTech, também adquiriu várias das patentes sobre RNA modificado. Depois de quase 40 anos de estudos e rejeições, Karikó finalmente teve seu trabalho reconhecido. Em 2013, foi contratada pela BioNTech e hoje é vice-presidente da companhia.

Vale destacar que suas pesquisas foram fundamentais para o desenvolvimento das principais vacinas contra a covid-19, mesmo assim, a pesquisadora mantém-se humilde e garante que o sucesso não lhe subiu à cabeça.