A Victoria’s Secret, mais famosa grife de lingerie no mundo, foi alvo de uma série de críticas após o diretor de marketing, Ed Razek, afirmar que a empresa não deveria colocar modelos transgêneros no tradicional show de lançamento da nova linha de peças.

Em entrevista para a revista Vogue, Razek afirmou que as lingeries comercializam “fantasias” e que não deveriam incluir transgêneros no elenco de modelos. A resposta foi dada após ele ser questionado sobre o aumento da representatividade de minorias e inclusão de padrões tradicionalmente não associados à indústria da moda.

“A marca pensa em diversidade? Sim. Oferecemos tamanhos maiores? Sim …Você não deveria ter transexuais no show? Não. Não, acho que não devemos.”

A declaração foi criticada em sites e redes sociais. Posteriormente, a Victoria’s Secret, através de uma postagem no Twitter assinada por Rezek, se desculpou pela repercussão negativa e negou que a marca faça qualquer tipo de segregação.

“Para ser sincero, nós absolutamente incluiríamos um modelo transgênero em um dos nossos shows. Nós tivemos modelos transgêneros nas audições, e assim como muitos outros, eles não passaram, mas nunca foi uma questão de gênero ”, afirmou em parte do comunicado.

A Victoria’s Secret atua em 80 países e recentemente abriu duas lojas na China. Apesar de todo o glamour, a marca sofre com a queda nas vendas desde 2016. Mesmo com as críticas, houve quem defendesse a empresa afirmando que as pessoas não são obrigadas a comprar os seus produtos caso não se sintam confortáveis com a filosofia de negócio.

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