A Victoria’s Secret anunciou John Mehas como novo CEO em uma tentativa de reverter a continua queda da grife. Mehas, presidente da marca de luxo Tory Brunch, assume o posto a partir de janeiro do próximo ano, informou a BBC.

O novo responsável pela marca tem o desafio de retomar o prestígio da até então maior referência na moda de lingerie mundial. Na segunda-feira (19), as ações da L Brands – controladora da Victoria’s Secret -, caíram 5% após a divulgação de novas baixas na venda dos produtos. Em 12 meses, os papeis da empresa recuaram 40%.

O responsável pela L Brands, Leslie H. Wexner, disse que os novos executivos estão buscando todas as oportunidades para melhorar o desempenho da marca.

“Estou confiante de que, sob a liderança de John, a Victoria’s Secret Lingerie, marca líder mundial em lingerie, continuará a ser uma potência e fornecerá produtos e experiências que repercutem com as mulheres em todo o mundo”, disse ele.

John Mehas assume o posto a partir de janeiro do próximo ano

Entre 2013 e 2018, as vendas da grife cresceram 4% ao ano. Porém, novas previsões apontam para expectativa de 1% anual até 2024. Somente no último trimestre, o comércio da Victoria’s Secret recuou 2%.

Os analistas atribuem a desaceleração do crescimento em grande parte à concorrência de empresas iniciantes online, lojas de departamento e grandes varejistas, como a GAP, que estão assumindo participação de mercado.

Porém, a mudança de comportamento da sociedade também é levada em consideração para a queda. Empresas como Lively, ThirdLove ou Savage X Fenty, da cantora Rihanna, diferenciaram-se por oferecer uma variedade maior de tamanhos – incluindo o crescente número de clientes de maior porte – ou por focar em produtos específicos, como sutiãs sem fio.

Polêmicas

No fim de semana, o jornal New York Times afirmou que a Victoria’s Secret está em um “declínio constante”, enquanto o Wall Street Journal disse que o padrão de beleza defendido representado pelas “Angels” já não estão em sintonia com os novos conceitos da sociedade.

A empresa foi alvo de críticas na última semana após o diretor de marketing, Ed Razek, afirmar que a grife não deveria colocar modelos transgêneros no tradicional show de lançamento da nova linha de peças. Ele pediu desculpas depois da repercussão negativa do comentário.