Mudança de meta inflacionária não é um tema que o Banco Central (BC) discute internamente, disse nesta terça-feira, 4, o diretor de Política Monetária da autarquia, Carlos Viana, durante palestra de encerramento do primeiro dia do seminário 4Th Bradesco’s Brazil Investment Forum, que aconteceu nesta terça-feira, 4, e prossegue nesta quarta-feira, 5, em São Paulo.

Viana lembrou que o presidente do BC, Ilan Goldfajn, é um dos votos do colegiado, mas que quem decide a meda de inflação é o Conselho Monetário Nacional (CMN).

“Do nosso lado, nos cabe buscar cumprir a meta que o CMN determinar”, disse o diretor. Perguntado sobre uma eventual mudança do patamar de juro no Brasil, Viana afirmou que ela teria que passar pela redução da taxa de juro estrutural, que, por sua vez, teria que passar pela aprovação das reformas, especialmente as de natureza fiscal.

“Temos destacado a importância das reformas de natureza fiscal para a desinflação”, afirmou Viana, para quem a política monetária tem suas limitações. “Há limites para o que a política monetária pode fazer. Por isso, a importância das reformas”, disse.