O viagra pode ganhar um status além da ajuda contra a impotência sexual. Isso porque uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Medicina Genômica da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, apontou que o medicamento pode ajudar a prevenir o Alzheimer.

O estudo analisou os efeitos do sildenafil, princípio ativo que integra os compostos do viagra, e descobriu que o uso do remédio reduziu em 69% a incidência de casos de Alzheimer. O sildenafil também é usado como terapia contra hipertensão pulmonar.

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Os cientistas explicaram que os resultados vieram de uma análise de mais de 7 milhões de dados da população em geral, ao longo de 6 anos. Essas informações foram cruzadas com dados de drogas aprovadas pela agência reguladora dos EUA, a FDA, para tratamento contra o Alzheimer. Não houve, portanto, um estudo clínico com voluntários, por isso eles pedem cautela com a descoberta, já que o medicamento é uma “droga candidata” ao tratamento.

Liderado por Feixiong Cheng, pesquisador do instituto de Medicina Genômica da Cleveland Clinic, a pesquisa apontou que o viagra medicamento foi mais efetivo na redução dos casos de Alzheimer do que o Iosartan (remédio usado no combate a hipertensão arterial), que apresentou um risco 55% menor de desenvolver a doença. Outros medicamentos como metformina, dilitiazem e glimepirida foram usados na comparação e o viagra ganhou em todos os cenários.

“Este artigo é um exemplo de uma crescente área de pesquisa da medicina de precisão, em que o big data é a chave para conectar pontos entre medicamentos existentes e doenças complexas como o Alzheimer”, comentou à CNN, Jean Yuan, membro do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

O Estudo foi publicado nesta segunda-feira (6) na “Nature Aging”.