Por Jacob Gronholt-Pedersen

COPENHAGUE (Reuters) – A fabricante de turbinas eólicas Vestas alertou nesta sexta-feira sobre um ano mais lento pela frente, depois de ter divulgado vendas decepcionantes em 2022, prejudicadas por atrasos em projetos e impairments.

A empresa disse que os lentos processos de licenciamento na Europa e a redução da atividade nos EUA antes que o impacto da Lei de Redução da Inflação entre em ação significará menos instalações de turbinas eólicas este ano.

“Em 2023, esperamos que altos níveis de inflação em toda a cadeia de suprimentos e instalações de energia eólica reduzidas impactem negativamente a receita e a lucratividade”, afirmou em comunicado.

Apesar da crescente demanda por energia renovável, o setor de energia eólica está sob pressão devido ao aumento dos preços dos metais e ao aumento da concorrência, ao mesmo tempo em que não consegue repassar os custos mais altos a clientes que fizeram suas encomendas há dois ou três anos.

Para mitigar o impacto da inflação mais alta e a pressão sobre as margens de lucro, os fabricantes de turbinas aumentaram os preços no ano passado.

A receita da Vestas em 2022 ficou em 14,49 bilhões de euros, de acordo com resultados preliminares, ligeiramente abaixo do intervalo projetado.

A companhia espera uma receita este ano entre 14,0 bilhões e 15,5 bilhões de euros, com uma margem de lucro antes de juros e impostos (Ebit) antes de itens especiais entre menos 2% e mais 3%. Sua margem Ebit ficou em -8% no ano passado.

A Vestas deve apresentar os resultados financeiros completos em 8 de fevereiro.

(Por Jacob Gronholt-Pedersen)

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