Na véspera da votação, os principais candidatos à Presidência investiram em agendas de rua e manifestações nas redes sociais.

Após identificar o crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) entre eleitores de baixa renda do Nordeste, principal base eleitoral do PT, o candidato do partido, Fernando Haddad, cumpriu ontem pela manhã agenda em Feira de Santana, na Bahia.

A campanha petista alterou sua agenda para que Haddad marcasse presença em um reduto baiano do DEM, mas com grande identificação com o legado do ex-presidente Lula – condenado e preso na Lava Jato.

O petista participou de caminhada ao lado do governador baiano Rui Costa (PT), candidato à reeleição, e do ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner (PT), candidato ao Senado.

Bolsonaro foi ao Twitter pedir o apoio dos eleitores. “Estamos fortes, com poucos recursos, sem acordões, sem tempo de TV e impossibilitado de fazer campanha na rua”, escreveu. “Nossa força é apenas a verdade e o apoio de todos vocês. O Brasil é nosso! Vamos à vitória!.”

Em Brasília, apoiadores do presidenciável promoveram uma carreata que ocupou quatro faixas da Esplanada dos Ministérios. O ato contou com cabos eleitorais e eleitores de candidatos ao governo do Distrito Federal.

Ciro

Aos gritos de “vamos virar”, Ciro Gomes (PDT) encerrou a campanha em Sobral, no Ceará, seu reduto eleitoral.

Cercado por uma multidão, em desfile em carro aberto, ele mostrou-se otimista. “Até amanhã (domingo, 7) eu vou virar e vou para o segundo turno. Eu sou o único que pode vencer Bolsonaro no segundo turno, porque tenho o projeto mais consistente”, disse. Mais cedo, em vídeo publicado no Twitter, voltou a se colocar como terceira via à polarização eleitoral. “Tenho a firmeza que você pensa que o Bolsonaro tem, mas tenho a humanidade que ele não tem.”

Depois de fazer campanha pela manhã em Bauru, no interior do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) andou de metrô e enfrentou chuva em São Paulo. O tucano tentou minimizar o esvaziamento de sua campanha. “Estamos empatados em terceiro lugar, podemos chegar ao segundo turno. A definição de voto é só amanhã. Suei a camisa para mostrar que o radicalismo não ajuda o País a se recuperar. Só gera mais crise.”

Ele ainda foi questionado se votaria com João Doria hoje. “Pergunte para ele”, respondeu. O ex-prefeito, que disputa o governo, tem feito gestos de aproximação com Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.