Em tempos de Copa do Mundo é comum querer fazer uma reunião com os amigos para tomar uma cerveja e assistir aos jogos da seleção brasileira. Em tempos de pandemia, no entanto, é melhor tomar algumas precauções para evitar que um evento festivo acabe tendo como resultado uma infecção pelo Covid.

“Temos que ter em mente que são, sim, situações em que o risco de contaminação é elevado, especialmente nos Estados e municípios onde já está ocorrendo um crescimento acelerado [de casos de Covid]”, afirma Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe, boletim que contabiliza os casos de Covid e de outras doenças respiratórias graves pelo país, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para o especialista, uma dica importante é escolher bem o local onde irá ver os jogos.

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“A primeira dica é dar preferência a locais abertos, bem ventilados e a evitar ambientes fechados com muita gente. Isso já faz uma diferença importante, ajudando a diminuir o risco de transmissão caso tenha alguma pessoa naquele evento que esteja infectada”, afirma Gomes. “Outro ponto é o compartilhamento de objetos, especialmente os que vão à boca. Compartilhar cornetas e copos não é recomendado, e, claro, manter o uso da máscara enquanto não estiver se alimentando, consumindo alguma bebida. Tira, consome e bota de volta para manter esse nível de proteção, especialmente em situações com muita gente”, completa.

Além disso, o especialista ressalta que é importante manter um certo distanciamento, sobretudo de pessoas desconhecidas. “Se tiver a opção de ir a locais que possa manter uma certa distância das outras pessoas, além de ficar em grupos com pessoas que a gente convive também ajuda. Evitar a exposição a outros grupos em grande proximidade é uma das medidas que podemos adotar para minimizar o risco de infecção nessas situações”, diz Gomes.

Por fim, o coordenador do Infogripe também chama a atenção para a responsabilidade individual de cada torcedor, que precisa levar em conta os riscos relacionados ao seu organismo e das pessoas com quem ele convive no caso de uma possível infecção.

“É preciso saber o seu risco individual, então ter a vacinação em dia é fundamental. Além disso, as pessoas que integram grupos de maior risco, como a população acima de 60 anos ou com algum comprometimento no seu sistema imunológico devem ter um cuidado ainda maior e colocar na balança se vale a pena adotar esse nível de exposição nesses momentos”, afirma. “Assim como convive com eles e quem divide habitação com essas pessoas, já que podem acabar trazendo o vírus para dentro de casa e passando para quem tem uma maior vulnerabilidade”, conclui o pesquisador.