Um relatório divulgado pelo Global Wind Energy Council (GWEC) na semana passada mostra boas perspectivas para a energia eólica. Segundo o estudo, o ano de 2017 contabilizou a instalação de 52 GigaWatts (GW) adicionais de energia gerada por essa tecnologia no mundo, o que elevou a capacidade global para 539,1 GW. Para efeito de comparação, 1 GW é capaz de suprir a demanda de uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. “A energia eólica está liderando a transição para além dos combustíveis fósseis e segue superando a competição em preço, desempenho e confiabilidade”, diz Steve Sawyer, secretário-geral da GWEC. A entidade projeta o mesmo nível de instalações em 2018, em razão de questões regulatórias em mercados como a Alemanha e o Reino Unido. Mas, a partir de 2019, a expansão deve ser mais forte. A previsão é de uma capacidade global total de 840 GW, em 2022, sob um cenário de queda contínua de custos.

Na América Latina, o Brasil segue na ponta em termos de capacidade instalada, com 13 GW e 520 parques eólicos. Mas os bons ventos também começam a soprar mais fortemente em outros mercados da região. Em março, por exemplo, a tecnologia assumiu, pela primeira vez, a liderança entre as fontes de geração de eletricidade no Uruguai, com uma participação de 41% na matriz energética local no período. Hoje, os uruguaios ocupam a quarta posição no ranking mundial que mede a proporção de eletricidade gerada a partir da energia eólica, atrás apenas da Dinamarca, da Irlanda e de Portugal.

(Nota publicada na Edição 1067 da Revista Dinheiro)