Veneza foi novamente afetada pelas marés altas (Acqua Alta) que paralisam a cidade neste domingo, enquanto várias regiões do norte da Itália permanecem afetadas pelo mau tempo, que dura cerca de duas semanas.

Dez dias após uma série de marés altas sem precedentes nas últimas décadas, Veneza conheceu um novo “Acqua Alta”, com um pico de 130 cm acima do nível médio do mar, mas longe dos 187 cm históricos (nível mais alto desde 1966), de 12 de novembro, que devastou a cidade.

Imagens de televisão mostraram pessoas na famosa Plaza San Marcos, o ponto mais baixo da cidade dos Doges, com água na altura do joelho.

À tarde, foi planejada uma manifestação a favor do coletivo “No Grandi Navi” (não aos grandes navios) para denunciar a inação das autoridades às calamidades que ameaçam essa joia, declarada patrimônio mundial da Unesco.

Os manifestantes também exigem uma suspensão do projeto MOSE (Moisés em português, sigla para Módulo Experimental Eletromecânico), o sistema anti-inundação ainda em construção.

Testes recentes permitiram identificar vibrações e ferrugem, mas, segundo o governo, está “93% pronto” e será concluído no meior do ano de 2021.

O mau tempo assola todo o norte da Itália. Piemonte sofreu fortes chuvas e a situação mais crítica é a região de Alexandria (sul de Turim), onde 200 pessoas tiveram que ser evacuadas e 600 foram isoladas após o transbordamento de vários rios. Segundo a imprensa, uma mulher teria desaparecido.

Liguria ainda estava em alerta vermelho com deslizamentos de terra que causaram o fechamento da rodovia entre Gênova e Ventimiglia, na fronteira francesa.

Mais ao norte, no vale de Aosta, 500 pessoas também foram retiradas de suas casas após o fechamento de várias estradas regionais devido aos grandes riscos de avalanches.