Os supermercados brasileiros registraram crescimento real de 0,25% nas vendas em agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O indicador, que desconta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 0,67% nos primeiros oito meses do ano ante igual período de 2016.

Em termos nominais, sem descontar a inflação, as vendas dos supermercados apresentaram alta de 2,74% em agosto na comparação anual. Em oito meses, o crescimento nominal é de 4,54%, também na comparação com os mesmos meses de 2016.

Em nota, o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, considerou que há uma expectativa de retomada gradual no consumo das famílias. “Acreditamos que a aproximação do final do ano, com importantes datas para o setor como Black Friday, Natal e Réveillon, poderá impulsionar as vendas”, afirmou.

A Abras têm uma projeção de crescimento de 1,5% nas vendas reais para este ano ante 2016.

Preços

Os preços dos produtos mais consumidos nos supermercados caíram 1,84% em agosto na comparação com julho deste ano, segundo a Abrasmercado, cesta de 358 produtos pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras.

Na comparação com agosto de 2016, a cesta de produtos – que inclui cerveja e refrigerante, além de itens de higiene, beleza e limpeza doméstica – estão 7,73% mais baixos este ano.

As maiores quedas de preço no mês de agosto foram registradas em produtos como tomate, o qual recuou 19,69%; feijão, com queda de 11,28% e cebola, que caiu 5,03%. Entre as altas estão a farinha de mandioca, com aumento de 5,14%, o papel higiênico com 2,35% de crescimento, e a batata, alta de 2%.