As vendas do comércio varejista paulista ficaram praticamente estáveis no ano passado, quando o faturamento do setor teve leve crescimento de 0,1% na comparação com 2015. Embora a variação tenha sido mínima, o desempenho interrompe dois anos consecutivos de queda nas vendas do varejo de São Paulo.

O número foi divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que calcula mensalmente o faturamento do setor com base em informações coletadas pela secretaria da Fazenda paulista.

Para 2017, a entidade anunciou a expectativa de crescimento de 2,5% das vendas, tendo como premissa um cenário de convergência rápida da inflação ao centro da meta, o que favorece o poder de compra dos consumidores, queda dos juros e melhor acesso ao crédito. A retomada da confiança justifica também a perspectiva mais otimista sobre o desempenho do comércio neste ano.

O resultado de 2016 foi puxado pelo crescimento de 5% das vendas em supermercados, somado às altas de 12,1% e 5,3%, respectivamente, no faturamento das farmácias/perfumarias e das revendas de autopeças/acessórios automotivos. Das nove atividades monitoradas pela Fecomercio, apenas essas três ficaram no terreno positivo.

Só em dezembro, as vendas no varejo paulista cresceram 3% na comparação anual, chegando a R$ 61,4 bilhões, ou R$ 1,8 bilhão a mais do que o montante apurado no mesmo período de 2015 – o que surpreendeu positivamente a entidade. Os melhores desempenhos foram registrados nas regiões de Marília (11%), Araraquara (9,8%) e Ribeirão Preto (7,4%).

Na capital paulista, as vendas do varejo subiram 5% em dezembro, comparativamente a igual período de 2015, somando R$ 19,7 bilhões. No acumulado do ano, o faturamento do comércio paulistano subiu 0,6%, ou R$ 1,1 bilhão a mais do que em 2015.