Diante da falta de carros nas concessionárias, as vendas de veículos novos caíram 25,33% em setembro, se comparadas ao mesmo período de 2020. No total, 155,08 mil unidades foram vendidas, entre carros de passeio, utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus.

O resultado foi divulgado nesta segunda-feira pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias. Na comparação com agosto, o recuo foi de 10,24%, completando, assim, o quarto mês consecutivo de queda nos emplacamentos.

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No acumulado desde o início do ano, as vendas chegaram a 1,577 milhão de veículos no mês passado, 14,78% a mais do que no mesmo período de 2020.

A base de comparação, contudo, é fraca, já que no ano passado as vendas foram comprometidas pela chegada da pandemia ao País, que causou, inclusive, o fechamento de revendas de carros em alguns dos maiores mercados brasileiros por pelo menos dois meses.

Componentes

Agora, o problema está na oferta. Por falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem, dada a escassez mundial de semicondutores, diversas montadoras estão parando a produção.

Em nota, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, ponderou que a falta de veículos novos, por escassez de componentes da indústria, é um fenômeno global e afeta diversos países do mundo. “Vivemos, hoje, possivelmente, o ponto mais crítico dessa crise de abastecimento de veículos, mas acredito que, nos primeiros meses de 2022, teremos uma clareza maior sobre a resolução do problema”, pontuou.

Projeções

A situação levou a Fenabrave a, mais uma vez, revisar as projeções para o ano. A federação entendeu que a projeção de crescimento calculada em julho, de alta de 11,6% nas vendas de novos veículos ante 2020, não condiz mais com a realidade. Agora, a nova estimativa é de alta bem menor, 4,8%.