As vendas de shopping no período do Natal cresceram 3,1% ante 7% de expectativa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Apesar disso, a entidade considera o resultado positivo. “Não é um banho de água fria, a gente acredita que é um resultado bem robusto, avaliamos de forma bastante positiva”, afirma o presidente Glauco Humai.

Os resultados são nominais, sem desconto da inflação.

Humai afirma que, em 2019, a Black Friday aconteceu muito próxima ao início de dezembro, o que teria pesado contra o Natal.

Além disso, neste ano a Black Friday cresceu 19,7%, o que representa quase o dobro de avanço de 2018. “A Black Friday é uma compra de impulso e pessoal, ninguém planeja com 40 dias de antecedência pro Natal. Mas, como neste ano foi realizada mais tarde, acabou influenciando”, alega.

Humai também ressalta que as vendas de Natal em 2018 foram acima das expectativas, com crescimento de 9,3% em relação a 2017, o que torna a comparação entre anos mais difícil.

O presidente da Abrasce afirma ainda que o desempenho dos shoppings neste ano foi positivo se comparado ao comércio de rua, que cresceu 1,3% ante os 3,1% alcançados pelo setor. O ticket médio, de R$ 186, também seria superior às lojas de rua.

Polêmica

Humai destaca ainda que não pode comentar a polêmica do crescimento de 9,5% nas vendas de Natal divulgados pela Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) no final de dezembro. A Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos) encaminhou uma nota à imprensa afirmando que “contesta e repudia” os dados da Alshop.

“Não posso falar sobre a pesquisa que a Alshop fez, porque não sei a base de dados, como foi a pesquisa. Nós só conversamos sobre expectativas”, afirma o presidente da Abrasce.