As vendas de cimento no mercado interno totalizaram 52,7 milhões de toneladas em 2018, recuo de 1,2% em comparação com 2017, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). Este é o quarto ano consecutivo de queda das vendas do setor, acumulando uma retração de 26,2% no período.

Após um início positivo, no qual as primeiras projeções apontavam para crescimento próximo de 1% em 2018, o consumo fechou em queda, afetado pela paralisação dos caminhoneiros e pela desaceleração da economia nacional. No mês da greve, o setor deixou de vender cerca de 900 mil toneladas.

De acordo com o sindicato, a indústria do cimento sofreu ainda impactos em sua matriz de custos, com elevação dos preços de frete, insumos, combustíveis e energia elétrica.

Projeções

Para 2019, o sindicato espera que o setor volte a crescer e mostre uma expansão em torno de 3% nas vendas em relação a 2018. Na visão do sindicato, há maior otimismo dos agentes econômicos em relação aos governos estaduais e ao governo federal, bem como sinalização de melhora no nível de atividade econômica.

“Após quatro anos de queda, acreditamos que 2019 será o nosso primeiro ano com sinal positivo. Esperamos um crescimento próximo a 3% para este ano”, projetou o presidente da Snic, Paulo Camillo, em nota à imprensa.