As vendas de aço plano em novembro registraram queda de 7,7% em comparação a outubro, passando de 317,7 mil para 293,2 mil toneladas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 17, pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).

Já o acumulado de vendas do ano, em comparação com 2018, cresceu 8%. O recorte entre novembro de 2018 e novembro de 2019 indica alta de 11,8%. A perspectiva para o mês de dezembro é de queda de 30% nas vendas em comparação com novembro.

O presidente executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, afirma que é um movimento esperado. “Essa queda é sazonal, no último ano foi de 28%. Mas nossas vendas em novembro se recuperaram em relação aos anos anteriores”, explica. As compras em dezembro devem registrar alta de 10%, de acordo com as projeções do instituto.

As compras do aço em novembro também registraram queda de 6,3% em relação a outubro. Em relação ao mesmo período do ano anterior, porém, a alta foi de 3,6%. Já o giro dos estoques de aço fechou em alta com 2,6 meses.

Loureiro afirmou que o aumento estimado pelas usinas deve se confirmar nos primeiros dias de janeiro. “Essa rodada de aumento de preços das usinas deverá realmente acontecer”, afirmou.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) já havia anunciado, durante evento com investidores no último dia 12, que o preço do minério de ferro em 2020 subiria.

Já as importações recuaram 61,3% frente ao mês passado e 45% em comparação com novembro de 2018. Do montante total, os Estados Unidos são o maior importador de aço brasileiro, com 66,7% da produção de novembro.

Loureiro defende que os sucessivos cortes na meta da taxa de juros básico, a Selic, deve proporcionar retomada das indústrias. “Esses juros baixos vão beneficiar muito a construção civil e o setor automobilístico”, diz.

De acordo com ele, dados do Secovi-SP indicam que 2019 registrou o novembro com maior acumulado de vendas de unidades residenciais anuais desde 2005, totalizando 52 mil.