Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) -As vendas de diesel por distribuidoras no Brasil cresceram 27% em abril na comparação com um ano antes, e atingiram um recorde para o quarto mês do ano, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta segunda-feira.

O volume comercializado de diesel –combustível mais consumido do Brasil– somou pouco mais de 5 bilhões de litros em abril, ante 4 bilhões de litros no mesmo período de 2020. Na comparação com o mês anterior, no entanto, houve uma queda de 7,5% das vendas.

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Em março, os volumes vendidos do combustível fóssil pelas distribuidoras já haviam batido um recorde para aquele mês, diante de uma demanda firme do agronegócio, cujo atraso da safra gigante deste ano acabou por acumular parte da colheita em um espaço menor de tempo.

A forte demanda permitiu uma alta de 10,7% nas vendas do diesel pelas distribuidoras no acumulado dos quatro primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, para aproximadamente 19,5 bilhões de litros, segundo os dados da ANP.

Anteriormente, a Petrobras havia publicado alta de 59% nas suas vendas de diesel em abril versus o mesmo mês de 2020, com recorde na comercialização de diesel S-10, com menor teor de enxofre.

Segundo a petroleira, se comparadas ao resultado de abril de 2019 –quando ainda não havia impactos de demanda decorrentes da pandemia de Covid-19– as vendas totais de diesel de abril tiveram crescimento de 12%.

OUTROS COMBUSTÍVEIS

Com impulso do diesel e avanço também das vendas de gasolina e etanol, as vendas totais de combustíveis por distribuidoras somaram 10,8 bilhões de litros em abril, uma alta de 22% ante um ano antes.

No quatrimestre, as vendas de todos os combustíveis subiram 4,7% para 43,9 bilhões de litros.

As vendas de gasolina pelas distribuidoras cresceram 19,8% em abril frente ao mesmo mês de 2020, para cerca de 2,7 bilhões de litros. Já as vendas de etanol hidratado, seu concorrente nas bombas, avançou 25%, para 1,5 bilhão de litros.

As vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, em contrapartida, caíram 2,6% em abril ante um ano antes.

(Por Marta NogueiraEdição de Luciano Costa e Nayara Figueiredo)

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