As vendas da indústria automobilística em março, incluindo caminhões e ônibus, somaram 209,2 mil unidades, com pequena alta de 0,87% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 5,3% na comparação com fevereiro. Foi o melhor resultado para março desde 2015, segundo dados preliminares do setor.

No acumulado do trimestre, foram vendidos 607,6 mil veículos, também o melhor desempenho para o período nos últimos quatro anos. Em relação aos primeiros três meses do ano passado, as vendas aumentaram 11,4%, coincidentemente o mesmo porcentual de alta de negócios previsto pelas fabricantes para o ano todo.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta mercado total de 2,86 milhões de veículos neste ano ante 2,566 milhões em 2018. Na quinta-feira, a entidade divulgará dados de produção e exportações de março e do primeiro trimestre.

Somente o segmento de automóveis e comerciais leves vendeu no mês passado 200 mil unidades, quase o mesmo volume de um ano atrás, mas 5% melhor que em fevereiro. No ano, as vendas somaram 581,4 mil unidades, 9% a mais que no mesmo intervalo de 2018.

Já as vendas de caminhões e ônibus continuam em significativa recuperação e somaram 9,1 mil unidades no mês passado e 26,1 mil no trimestre – 51% a mais no comparativo com igual intervalo do ano passado.

No ranking de vendas de automóveis e comerciais leves no primeiro trimestre, a General Motors segue na liderança, com 106,4 mil unidades comercializados no período, alta de 16% em relação ao ano passado. A Volkswagen ficou em segundo lugar, com 82,3 mil unidades, 6,2% acima do volume dos três primeiros meses de 2018.

A Fiat registrou aumento de 23% em suas vendas neste ano, somando 78,8 mil veículos, enquanto a Renault teve alta de 29,3%, para 51,2 mil unidades.

Ford cai

A Ford foi a única fabricante entre as cinco primeiras no ranking a registrar queda de 1,4%, somando 48 mil unidades vendidas. A empresa anunciou que vai fechar a fábrica no ABC paulista, onde produz caminhões e o modelo Fiesta.

A unidade está com a produção parada desde 19 de fevereiro, quando comunicou o fechamento e os trabalhadores decidiram suspender atividades em protesto contra a decisão, mas também por entenderem que havia riscos de acidentes se continuassem na linha de produção após o impacto da notícia.

Uma das marcas que deu salto significativo nas vendas foi a chinesa Chery, que teve 50% da fábrica de Jacareí (SP) adquirida pelo grupo brasileiro Caoa no fim de 2017. Nos últimos meses, o grupo vem desenvolvendo intensa campanha de marketing de carros da marca, em especial do recém-lançado SUV Tiggo. No primeiro trimestre de 2018, a Chery sequer aparecia na lista das 21 marcas que mais vendem carros no País, feita pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave). Na ocasião, a última marca da lista vendeu 1.060 veículos. Neste ano, a Chery é a 15° colocada, com vendas de 3.724 carros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.