A rede de distribuição de aço encerrou 2017 com queda de 2,6% das vendas, para um volume de cerca de 2,9 milhões de toneladas, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Esse foi o quarto ano seguido de queda nas vendas. A estimativa da entidade era de queda de 2,5%.

Em dezembro, as vendas de aço pelos distribuidores somaram 221,2 mil toneladas, leve alta de 0,1% na relação anual. Ante novembro, as vendas caíram 13,1%.

Já as compras de aço da rede nas siderúrgicas somaram 214,1 mil toneladas, alta de 5,9% ante o mesmo mês do ano passado. Ante o mês imediatamente anterior foi registrado um recuo de 22,5%.

Com isso, os estoques de aço na rede fecharam o ano com um giro de 4,1 meses, com um volume de 900,4 mil toneladas.

Já as importações de aço pelos distribuidores somaram 83,4 mil toneladas, alta de 8,1% na relação anual, porém queda de 6,7% ante novembro. No ano as importações pelo setor somaram 1,242 milhão de toneladas, alta de 82,8%. Grande parte do volume foi concentrado no primeiro semestre do ano.

Janeiro

Para janeiro, a estimativa é de que as importações sejam baixas, de no máximo 60 mil toneladas.

A projeção da entidade é de que tanto as compras quanto as vendas em janeiro de 2018 cresçam 12% na comparação com dezembro de 2017, com os estoques caindo para 3,6 meses.

Preço internacional

Mesmo após as recentes altas do preço do aço no mercado externo, a perspectiva é de que a cotação se mantenha firme, segundo o presidente do Inda, Carlos Loureiro.

No Brasil, mesmo após o aumento das siderúrgicas (CSN, Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal) para o aço plano neste mês entre 12% e 13%, o prêmio do aço nacional em relação ao importado está hoje no intervalo de 10% a 12%, disse o presidente da entidade.

2018

As vendas de aço pela rede de distribuição neste ano deverão subir entre 4% e 5% em relação ao ano passado, para um volume de aproximadamente 3,1 milhões de toneladas, interrompendo quatro anos seguidos de queda. Esta é a expectativa do Inda.

Com isso, o volume de vendas da rede de distribuição deverá se aproximar do visto em 2015, que foi de 3,168 milhões de toneladas.