De tanto apanhar das operadoras de celular, os amigos Artur Negrão (à esq.) e Lucas Rosa decidiram se tornar sócios e lançar uma nova operadora: a Salvy. Com aportes de investidores-anjo como João Del Valle (CEO do Ebanx), Fiamma Zarife (presidente do Twitter), João Zaratine (fundador da Leve) e Ariel Lambrecht (cofundador da Mara), eles colocaram para rodar uma telecom 100% digital e voltada a empresas, com total gestão das linhas por um app.

O apelo da Salvy para atrair clientes: o atendimento. “O problema das operadoras não está no sinal, na velocidade ou nas novas tecnologias, como o 5G, mas está no péssimo atendimento”, afirmou Negrão, ex-executivo das fintechs Ebanx, Transfeera e Remessa Online. “Digitalmente, os usuários poderão cancelar, adicionar linhas ou comprar pacotes, sem falar com ninguém”, disse.

Até o ano que vem, a Salvy projeta ter mais de 1 mil clientes, principalmente médias empresas. Com dois meses de operação, sob o modelo de MVNO (operadora virtual móvel), a Salvy aluga a rede da TIM para fornecer seus serviços.

No segundo semestre de 2023, o plano é expandir os negócios através de um modelo de utilização de rede neutra. Ou seja, utilizar o melhor sinal, seja Claro, TIM ou Vivo, que estiver disponível em cada localidade. Em tempos de 5G, a maior oferta é o velho e bom atendimento.

(Nota publicada na edição 1286 da Revista Dinheiro)