O crescimento dos casos da “varíola dos macacos” em diversos países tem colocado o mundo em alerta com uma doença que é não é nova, mas pouco conhecida.

Vista pela primeira vez em macacos de laboratório nos anos de 1950, a “varíola dos macacos” teve o primeiro caso em humanos registrado em 1970 e ficou restrita ao continente africano até 2003, quando chegou aos Estados Unidos.

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Mas nada parecido com que estamos vendo hoje, quando já existem registros da doença na Europa (Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália e Suécia), além de Estados Unidos, Candá e Austrália.

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida pela proximidade com uma pessoa infectada, com vírus podendo entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.

Entre os modos de infecção estão: a tosse ou espirro de pessoas com varíola dos macacos; o contato com bolhas ou feridas na pele dos doentes ou o contato com roupas, lençóis e toalhas de infectados.

Casos no Reino e na Espanha foram observados em homens gays ou bissexuais, mas até o momento o vírus não foi colocado como uma doença sexualmente transmissível.

Outros animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, também podem transmitir a doença para humanos.

Sintomas

Após a infecção, a doença costuma se manifestar entre 5 e 21 dias, com sintomas como febre, dor de cabeça, dor nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, calafrios e exaustão. As erupções surgem na região da face e depois se espalham para o resto corpo.

A coceira é persistente e dolorida e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta até cair.