O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) disse nesta terça-feira (17) que está investigando casos de varíola em macacos do Reino Unido. A preocupação fica por conta dos animais poderem transmitir a doença e ela acabar saindo dos controles das autoridades sanitárias.

No início do mês um caso foi detectado em um macaco na Inglaterra e, desde então, sete pessoas foram diagnosticadas com a doença. Um dos casos é de uma pessoa que esteve na Nigéria recentemente, país que é apontado como potencial transmissor da doença, e os outros são de pessoas que tiveram contato entre si.

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As autoridades acreditam que elas podem ter sido contaminadas já em solo britânico.

Taxa de contágio da varíola é baixa

A varíola dos macacos é uma infecção viral geralmente associada a viagens para a África. Costuma ser uma doença leve e autolimitada, transmitida por contato muito próximo com alguém com varíola e a maioria das pessoas se recupera em poucas semanas. Segundo a Agência de Saúde Britânica, a chance de contágio para a população em geral permanece muito baixo.

O vírus não se espalha facilmente entre as pessoas e o risco para a população é baixo. No entanto, os casos mais recentes são em comunidades LGBTQIA+, por isso a entidade aconselha esses grupos a ficarem alertas a quaisquer erupções ou lesões incomuns em qualquer parte do corpo, especialmente na genitália.

A Organização Mundial da Saúde classifica como baixas as chances de um surto no Reino Unido, porém, na Nigéria, a fonte de infecção não é conhecida e o risco de transmissão é alto.

Baixa mortalidade

A varíola dos macacos deriva da doença original e é considerada menos grave do que a linhagem inicial. Os sintomas mais comuns envolvem febre, dor de cabeça, apatia, inchaços, dor muscular e principalmente erupções na pele.

Os sintomas costumam ser leves e passageiros, porém uma a cada 100 pessoas podem acabar morrendo.