Decoberta em agosto de 2020 no Peru, a variante Lambda do coronavírus foi classificada na última terça-feira (15) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma cepa de interesse, que deve ser investigada para medir seu impacto e transmissão. Essa mutação já está presente em ao menos 29 países, com grande presença na América do Sul, segundo o site Gisaid.

A OMS indica que a variante lambda já representa 32% dos casos investigados no Chile nos últimos 60 dias. O restante está relacionado à variante brasileira (33%), com ambas bem acima da britânica (4%). O país sulamericano não conseguiu evitar a disseminação desta nova cepa mesmo com quase metade de sua população já imunizada com as duas doses da vacina.

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Já o Peru possui 81% de seus casos de Covid-19 associados à variante, possivelmente responsável por tornar o país andino o de maior taxa de mortalidade do mundo no fim do último mês de maio, ainda de acordo com relatório da OMS. Na Argentina, a versão do vírus já responde a 37% das infecções sequenciadas entre fevereiro e abril deste ano.

A entidade internacional ainda diz que há a possibilidade de mutações com resistência a anticorpos. No entanto, ainda não há provas de que a variante consiga furar a proteção oferecida pelas vacinas.

A OMS classifica as variantes de coronavírus entre “interesse” e “preocupação”. No segundo quadro estão a variante alfa (britânica), a delta (indiana) e a gama (brasileira).

Variante no Brasil

Um paciente diagnosticado com a variante peruana da covid-19, a C37, morreu nesta quinta-feira (17) em Porto Alegre (RS). Jairo Dias Piazer Junior, de 23 anos, estava internado na capital gaúcha desde o dia 21 de maio. Este era o primeiro caso da variante no estado.