A altamente contagiosa variante britânica do coronavírus se tornou a cepa predominante na Bélgica, anunciaram as autoridades locais nesta sexta-feira (26), em meio a um novo aumento dos casos registrados.

“Na última semana, estimamos que 53% das infecções foram causadas pela variante britânica, contra 38% apenas uma semana antes”, disse o porta-voz do serviço belga de resposta à pandemia, Steven Van Gucht.

A variante britânica passou a ser considerada “preocupante” pelo seu alto nível de contágio, apesar de não estar comprovado que seja mais perigosa em termos de mortalidade ou hospitalização intensiva.

Esta variante surgiu no final do ano passado no sudeste da Inglaterra e em Londres, o que levou os países da UE a restringir rapidamente o movimento de e para esse país.

No entanto, foi comprovado que as vacinas atuais para a covid-19 são eficazes contra ela.

Os técnicos identificaram outras duas variantes, uma surgida na África do Sul e outra no Brasil, que parecem ser mais resistentes às vacinas.

Na Bélgica, a variante sul-africana responde por apenas 2,2% dos casos detectados e a cepa brasileira por 0,9%.

Na França, as autoridades estimam que a variante surgida no Reino Unido agora representa “aproximadamente metade” dos casos de covid-19.

A Bélgica registrou nesta sexta-feira um aumento de 24% das infecções em comparação com a semana anterior. Segundo Van Gucht, esse aumento fez com que o país voltasse para a situação em que se encontrava há aproximadamente um mês.

O país, com uma população de 11,5 milhões, está entre os mais afetados pela pandemia, com mais de 22.000 mortes.

A Bélgica esteve sob confinamento parcial durante quase quatro meses, com toque de recolher noturno e bares, restaurantes e cafés fechados. As escolas permaneceram abertas, mas os estudantes universitários estão tendo aulas à distância.

Desde 27 de janeiro, a Bélgica proibiu as viagens ao exterior que não sejam essenciais, inclusive para países com taxas de incidência de infecção mais baixas.